Certo dia quando íamos para casa, de volta da escola, meu neto Pedro Henrique me perguntou se Deus morava nas nuvens. Eu lhe respondi que sim, que Deus morava em todos os lugares e que estava sempre entre nós. Ele então me perguntou se Deus estava na lua, no sol e até entre nós dentro do carro. Diante da minha resposta positiva, ele me perguntou então como é que ele não o via em lugar nenhum?
Eu lhe respondi que não víamos Deus, mas que sabíamos que ele estava entre nós.
Pedro Henrique não se contentou com a resposta e me perguntou então, como sabíamos que ele existia?
Fiquei pensando como poderia explicar para uma criança de seis anos sobre a existência de Deus, se nem eu mesma entendia bem este milagre da fé.
De repente, ele me disse:
-Vovó, eu já sei como é Deus!
Então lhe perguntei:
-Que bom que você descobriu, e como é Deus?
Ele me respondeu:
-Ora vovó, Deus é como o “ar”. A gente não vê, mas sabe que ele existe!
Então lhe perguntei:
-E como você sabe que o “ar” existe?
Muito sério ele me respondeu:
- A gente não vê o ar, mas se não o respirarmos, nós morremos, então, a gente não pode ver o ar, mas ele existe. “Deus é como o ar!"
Talvez ele em algum momento da sua curta vida já tenha escutado esta explicação e apenas lembrou-se dela naquele instante, mas me ajudou a entender que nunca devemos duvidar da capacidade das crianças, de entenderem o sentido das coisas que lhes explicamos.
(fato verídico, narrado por vovó Arline Pinto)
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